Reajuste de 6,9% passa a vigorar a partir de 1.º de maio. PT  quer aprovar emenda que evita discussão anual
26/04/2011 | 08:21 | Euclides Lucas Garcia e  Elisa Lopes, especial para a Gazeta do Povo
A bancada do PT, porém, pode apresentar hoje duas emendas ao projeto. Entre  os pedidos, está a adoção de um índice fixo para o reajuste – o Índice Nacional  dos Preços ao Consumidor (INPC). Segundo o deputado Tadeu Veneri (PT), o intuito  é ter um processo de negociação regular, como ocorre no Congresso Nacional. “O  objetivo das emendas é ter uma lei determinando regras para que o mínimo seja  regulado anualmente, sem a necessidade de todo ano se fazer um amplo e demorado  debate”, afirmou. Para o petista, a medida se justifica uma vez que o  porcentual do reajuste é obtido por critérios bastante técnicos e, portanto,  pode ser feito de maneira automática.
  As emendas serão votadas hoje em comissão-geral no plenário, sem a  necessidade de que o projeto precise voltar à Comissão de Constituição e Justiça  (CCJ). A intenção da manobra do líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), é  garantir uma tramitação rápida da medida, a fim de que o reajuste seja pago a  partir de 1.º de maio. Ele adiantou, no entanto, que as duas emendas petistas  serão rejeitadas. “A lei já prevê que haverá anualmente uma ampla discussão  entre governo, empresários e trabalhadores. Além disso, para a definição do  reajuste há uma análise criteriosa e amplamente discutida, ao contrário de anos  anteriores”, defendeu.
Outra justificativa do parlamentar é que o mínimo do estado é o maior do  Brasil e maior do que o nacional, que teve reajuste de 6,46% e foi fixado em R$  545.
Valor do reajuste
O aumento de 6,9% foi decidido no final de março após negociação entre  empresários, centrais sindicais e representantes do governo. As centrais pediam  reajuste de 14,84%, com base na soma do Produto Interno Bruto (PIB) do estado em  2010 com a variação do INPC. A classe patronal oferecia um reajuste de 4,5%,  baseado no centro da meta de inflação do governo para 2011.
Houve consenso em 6,9%, mas as centrais só aceitaram o acordo com o  compromisso por parte do governo de voltar a discutir a política de reajuste do  mínimo. O acordo foi para que em 120 dias, contados a partir de 1.º de maio,  aconteça uma reunião para analisar o assunto.